Terça, 20 Fevereiro 2018 16:18

Soja argentina pode cair a 43 milhões de toneladas

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De acordo com relatório do analista privado Guilhermo Rossi (ex-integrante da Bolsa de Cereais de Rosario), a safra argentina de soja em 2017/18 deve cair – no pior cenário – para até 43 milhões de toneladas (MT). No melhor cenário, não deverá ultrapassar 48 milhões de toneladas, segundo suas estimativas sobre a provável produção de soja no país vizinho.

 

A atual previsão admitida pelo mercado é de 50 milhões de toneladas, enquanto o último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estima em 54 milhões de toneladas. Na safra anterior, a Argentina produziu 56 milhões de toneladas de soja. 

 

“Na média das opiniões de outros analistas locais a produção ficaria entre 45 a 46 milhões de toneladas e, no pior cenário, se a situação de estresse [hídrico] continuar, o país produziria 43 milhões de toneladas (um pouco acima das 40 milhões estimadas pelo meteorologista da Bolsa de Cereales de Buenos Aires)”, explica a T&F Consultoria Agroeconômica.

 

Segundo o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco, a importância destas estimativas é que o mercado “ainda não se deu conta disto e, se forem confirmadas, poderão ser o fato novo de que o mercado futuro precisa para uma nova alta (considerável) nas cotações de Chicago”.

 

Uma das razões apresentadas pelo analista é que em 2008/09 a Argentina também sofreu uma seca severa e a produção de soja foi de 32 milhões de toneladas, para uma área similar. Este número seria equivalente, hoje, a 39 milhões de toneladas, com a adição das novas tecnologias implantadas desde então, especialmente nas províncias do norte, onde a variedade Intacta de soja foi utilizada. Outa razão é que o diferencial deste ano de 2017/18 está na umidade do solo, que se encontra com menos do que 5 mm, depois de dois anos de mais de 1.000 mm.

 

Fonte: Agrolink