A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) teve os seus 50 anos de fundação homenageados pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES) em uma sessão solene realizada no dia 23 de outubro de 2019, no Plenário Dirceu Cardoso, em Vitória.
A cerimônia, que foi proposta pelo deputado estadual Adilson Espindula, reuniu diversos produtores do setor, representantes de várias entidades ligadas à agricultura estadual, políticos e também homenageou 30 personalidades e ex-presidentes que dedicam suas vidas em prol do desenvolvimento da avicultura capixaba e da entidade que completou meio século no último dia 02 de outubro.
O deputado estadual e presidente da Ales, Erick Musso, colocou à Casa Legislativa à disposição da AVES e parabenizou a iniciativa do deputado Adilson Espindula. “Parabenizo a AVES pelos seus 50 anos e acho que é uma forma singela da Assembleia Legislativa homenageá-la. Foram 50 anos de muitas lutas, de muitas vitórias, mas também de derrotas, com sabores e dissabores, 50 anos de uma caminhada evolutiva e de construção de um setor que nós precisamos reconhecer como orgulho do Espírito Santo”, frisou o presidente da Ales.
Adilson ressaltou a importância da associação no Estado e na organização da avicultura. “Essa associação se empenha em auxiliar os produtores com planejamento e ações para o fortalecimento do setor, que é grande produtor de ovos do país”, enfatizou o parlamentar.
Também presente, o subsecretário de estadual de Aquicultura, Pesca e Desenvolvimento Rural Sustentável (Seag), Michel Tesch Simon, falou da satisfação em ver os 50 anos da AVES e do destaque que o setor possui na economia do Espírito Santo. “Esse setor se multiplicou cinco vezes em dez anos. Segundo dados da própria AVES, em 2007, o faturamento bruto da avicultura estadual era de R$ 341 milhões por ano, em 2017 nós fomos para R$ 2 bilhões. É difícil ter um setor na economia com essa capacidade e essa força de multiplicação”, parabenizou Michel.
O presidente do Conselho Deliberativo da AVES, Ademar Kerckhoff, recordou o trabalho de seus antecessores à frente da associação, que sempre defenderam os interesses de seus associados e do setor avícola capixaba. “O trabalho de uma associação é muitas vezes silencioso, pode parecer que não mostra os resultados que se desejam, mas, certamente, se não fosse a atuação da AVES, que sempre foi muito bem conduzida por todos presidentes, diretores e avicultores, muitas coisas, certamente, seriam diferentes hoje. Não seríamos o terceiro maior produtor de ovos do Brasil; não teríamos uma indústria com moldes de produção tão modernos, que não deixa a desejar em comparação com os demais estados produtores; não teríamos colocado do Espírito Santo no cenário do mercado internacional; não teríamos um modelo de produção com sistema de integração com tantas perspectivas e avanços; não teríamos o sistema cooperativista na avicultura permitindo que pequenos produtores permaneçam em suas atividades, entre outros fatores”, reforçou o presidente da entidade.
O diretor-executivo da AVES, Nélio Hand, relembrou os primórdios da AVES, recordou os fundadores da associação e enfatizou o compromisso da entidade com o setor. “A evolução do setor nessas cinco décadas, certamente, foi acompanhada pelas atividades e ações que foram desenvolvidas pelas AVES. Nesse período, muitas coisas ocorreram, a produção meramente familiar tomou proporções empresariais e industriais, que são destaque a nível nacional, mas nunca deixando a gestão familiar de fora dos negócios da avicultura, que é um modelos que representa a grande maioria em nosso setor. Apesar de todo crescimento e desenvolvimento que ocorreu nos últimos anos, podemos dizer, com toda certeza, que essa é uma atividade democrática, unindo grandes e pequenos produtores”, indicou o representante da AVES.
Representando as personalidades que foram homenageadas e os associados da entidade, Antonio Venturini ressaltou a necessidade de uma maior atenção ao setor por parte das várias esferas do poder público para que não se inviabilize a atividade no estado. “Nós temos uma política muito burocrática de muitos papéis e promessas, que não levam a nada. Na prática, nós sempre estamos andando na contramão de história como, por exemplo, quando precisamos de uma licença ou registro. Vamos aos órgãos emissores destes documentos e levamos anos para conseguir resolver essas situações. Esses problemas são a níveis nacionais, não só no Espírito Santo. Nós poderíamos estar avançando de maneira muito mais rápida”, finalizou Antonio.
CONFIRA O VÍDEO COMPLETO DA SESSÃO SOLENE
O INÍCIO DE TUDO
Fundada no dia 02 de outubro de 1969, na sede da Delegacia Estadual do Ministério da Agricultura (MAPA), em Vitória, ainda com a denominação de Associação dos Avicultores do Espírito Santo, a AVES teve sua criação promovida por várias entidades que foram representadas por 21 homens. Após a realização de uma Assembleia Geral, foi oficializada a primeira mesa Diretora Executiva da entidade, com a seguinte composição: Ivan Belfort Shalders (Presidente); Harry Barcellos (vice-presidente); José Luiz Neves Sudré (1.º Secretário); Carlos Braz Cola (2.º Secretário); Flávio Mario Faustini (Tesoureiro).
50 ANOS EM NÚMEROS
Segundo dados da AVES e do Censo Avícola Estadual de 1968, o plantel estadual era 500.168 mil aves, sendo 343.668 mil do setor de postura comercial e 156.500 de frango de corte. Hoje, a realidade produtiva do Estado apresenta uma produção de 1,2 milhões de caixas de ovos por mês, 150 mil caixas de dúzias de codornas por mês, 12 mil toneladas de frangos abatidos por mês, uma produção de mais de cinco milhões de pintainhas e pintinhos e mais de 40 milhões de aves em plantel.
GERAÇÃO DE EMPREGOS
De acordo com dados da AVES, no Espírito Santo, a avicultura conta com o trabalho de produtores e dos empresários em mais de 300 propriedades e indústrias, gera 30 mil empregos e apresenta mais de 100 mil famílias que possuem algum tipo de renda proveniente do setor no Estado.
CONFIRA AS FOTOS E A LISTA DE HOMENAGEADOS COMPLETA
Ademar Kerckhoff
Ambrósio Falchetto
Adriano Jacob Henrique Schneider
Antônio Aldo Caliman
Antônio Oliveira Santos
Antônio Valduir Broseghini
Antonio Venturini
Argeo João Uliana
Arno Potratz
Arthur Carlos Gerhardt Santos
Benjamin Falchetto
Elder Marim
Erasmo Berger
Eustáquio Moacyr Agrizzi
Fredolin Boldt
Honório Florêncio Catelan
Jorge Andreão
José Antônio Altoé
José Luis Neves Sudré
Laerte Antônio de Oliveira
Levi Espindula
Luiz Feriani
Oderli Schneider
Osvaldo Perim
Pedro de Faria Burnier
Pedro Venturini
Rafael Zandonadi
Renildo Tresmann
Valdir Ioti Freitas
Waldemiro Berger