Terça, 30 Agosto 2022 13:37

Setor de Alimentação Animal deve crescer 1,5% em 2022

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De acordo com os dados divulgados nesta semana pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) o setor de alimentação animal deve registrar crescimento próximo a 1,5% até o final do ano.  De acordo com o órgão, os resultados apurados até agora revelam um ritmo mais conservador do que a previsão divulgada ainda no final de 2021, que apontava a produção de 88 milhões de toneladas de rações e suplementos minerais e expectativa de aumento na ordem de 3,5% nesse ano corrente.

 

Na suinocultura o abate de suínos durante o primeiro semestre superou aquele contabilizado no ano passado. Em resposta, a demanda de rações avançou 6,5% e atingiu 9,6 milhões de toneladas. Apesar do descompasso entre o custo de produção e o preço pago/kg vivo ao produtor, é possível alcançar durante todo o ano de 2022, cerca de 20,5 milhões de toneladas de rações para suínos e ainda avançar 4% em relação ao que foi produzido em 2021.

 

De acordo com Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, a produção de rações, concentrados e sal mineral durante o primeiro semestre seguiu aquém da quantidade esperada, circunstância atribuída principalmente ao arrefecimento da demanda da cadeia produtiva de proteína animal (ovos e leite principalmente), bastante prejudicada pelo novo patamar de preço do milho, do farelo de soja e outros macro ingredientes da alimentação das poedeiras e vacas leiteiras, além da impossibilidade de repassar integralmente esse custo adicional, já que o preço pago ao produtor melhorou um pouco apenas mais recentemente.

 

Além disso, Zani aponta que a importação dos aditivos (vitaminas, enzimas, aminoácidos, etc.), sofreu com a excessiva desvalorização cambial e a interrupção do trânsito de mercadorias, por conta da escassez de contêineres e custo proibitivo do frete para movimentação das cargas. Antes da pandemia, em janeiro de 2020, um container de vitaminas da China para o Brasil custava em média US$ 2 mil, enquanto no segundo semestre de 2021 aumentava até 7 vezes e em abril deste ano, alcançava US$ 12,5 mil.

 

Ele explica que o cenário continua agravado por causa do compromisso chinês, firmado na COP para transição da sua matriz fóssil para renovável e, a política sanitária de “Covid Zero” que subtraíram, respectivamente, energia e mão de obra nas linhas de produção daquelas fábricas. “Afora o recente registro do interesse deles pelo milho e farelo de soja brasileiros que pode hipoteticamente fomentar alguma especulação, muito embora a tendência, desde julho, é de alívio em consequência da generosa segunda safra que, somada à primeira, deve redundar na colheita de aproximadamente 115 milhões de toneladas de milho”, completa.

 

Mais recentemente, a invasão Russa na Ucrânia com interrupção nos arredores do Mar Negro, acionou o sinal de alerta da insegurança alimentar, uma vez que a Rússia e a Ucrânia representam 30% da produção do trigo e do milho transacionados pelo mundo, gerando assim um grande desafio para a logística e o sistema de compensações financeiras.

 

Zani ressalta a vocação dos agropecuaristas brasileiros na solução dos desafios, na defesa das relações comerciais através da singular competitividade nacional e no flagrante entusiasmo, que mesmo diante do atual cenário adverso, continua empregar tanta tecnologia capaz de assegurar invejáveis índices zootécnicos e simultaneamente mitigar as indesejáveis emissões dos gases do efeito estufa e assim, contribuir com a segurança alimentar e o desaquecimento global.

 

Leia mais sobre esse assunto em https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/setor-de-alimentacao-animal-deve-crescer-15-em-2022/20220830-084304-Y759

 

Fonte: Suinocultura Industrial