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A produção brasileira de ovos deverá atingir até 62 bilhões de unidades em 2025, volume 7,5% superior ao total registrado em 2024, que foi de 57,683 bilhões de unidades. Os dados são da Associação Brasileira Proteína Animal (ABPA). Para 2026, espera-se nova expansão, com até 65 bilhões de unidades produzidas, o que representa alta de 4,8% sobre o ano anterior.

O consumo per capita deverá passar de 269 unidades por habitante em 2024 para 288 unidades em 2025 (+7,1%) e 306 unidades em 2026 (+6,3% sobre o ano anterior).Com isso, o consumo interno per capita, pela primeira vez deve colocar o Brasil entre os 10 maiores do mundo. “O forte do consumo posicionará o Brasil ao final de 2025, pela primeira vez, entre os 10 maiores consumidores per capita de ovos do planeta. A projeção de forte expansão do consumo deve seguir em 2026, ampliando a presença da proteína como base de segurança alimentar do País”, diz Ricardo Santin, presidente da ABPA. 

A avicultura de postura brasileira passou por uma transformação notável nos últimos dez anos, consolidando o país como quinta potência mundial na produção de ovos. De aproximadamente 38-40 bilhões de unidades produzidas em 2014, o Brasil saltou para 57,683 bilhões de ovos em 2024, segundo aABPA. O crescimento de cerca de 45% no período coloca o setor entre os mais dinâmicos do agronegócio nacional. O avanço transformou os hábitos de consumo dos brasileiros. Dados históricos mostram que o consumo per capita saltou de 82 unidades anuais em 1997 .

Os três maiores consumidores per capita globais são México, Japão e China. O México ocupa a primeira posição no consumo per capita de ovos no mundo, com 360 unidades anuais por habitante, seguido pelo Japão com 347 ovos per capita. Os dados posicionam estes países muito à frente da média global e mostram como tradições culinárias influenciam diretamente os hábitos alimentares.

No México, o ovo está presente em praticamente todas as refeições, desde o café da manhã tradicional até pratos elaborados para o jantar. O país, que figura como sexto maior produtor mundial, consegue sustentar este consumo elevado através de sua própria capacidade produtiva, mantendo preços acessíveis para a população.

O Japão é um país  que desenvolveu uma cultura gastronômica única em torno do ovo. Preparações como o tamago gohan – ovo cru servido sobre arroz quente – são consumidas diariamente por milhões de japoneses. Apesar da tradição milenar, o país precisa importar grandes volumes do produto para atender à demanda interna.

A China completa o pódio com aproximadamente 310 ovos per capita anuais. Como maior produtor mundial, responsável por 40% da oferta global, os chineses têm amplo acesso ao alimento, que serve como fonte proteica fundamental para mais de 1,4 bilhão de habitantes.

Em volume, China, Estados Unidos e Índia formam o trio que concentra o maior consumo de ovos no planeta. A China lidera isoladamente a lista, consumindo mais de 400 bilhões de ovos anualmente. Com 1,4 bilhão de habitantes e média de 300 ovos per capita ao ano, o país asiático representa aproximadamente 40% do consumo mundial total. Sua posição como maior produtor global permite atender quase integralmente a demanda interna.

Os Estados Unidos ocupam a segunda posição com cerca de 100 bilhões de ovos consumidos anualmente. A combinação de 330 milhões de habitantes com alto consumo per capita sustenta este volume expressivo. Como segundo maior produtor mundial, o país mantém relativa autossuficiência, recorrendo a importações apenas em situações específicas, como tem ocorrido por conta da gripe aviária e onde o Brasil vinha aproveitando a oportunidade, antes do tarifaço de Trump.

A Índia completa o pódio consumindo aproximadamente 80 bilhões de ovos por ano. Apesar do consumo per capita ainda ser inferior aos líderes mundiais, sua população de 1,4 bilhão de pessoas garante volume total significativo. O país vem expandindo rapidamente sua produção doméstica para atender à crescente demanda.



Fonte: Forbes